Conciliar é preciso
Tratar adequadamente os conflitos, solucionando-os de forma dialogada e responsável, é atuar em prol da sustentabilidade das relações e dos negócios. Inovar nos comportamentos e atitudes se faz necessário. Não basta cuidar do meio ambiente, nem das organizações, se o ser humano não for cuidado. Por isso, estamos promovendo a campanha pela Conciliação Qualificada. Relacionamentos importam, especialmente quando se trata de um condomínio, pois a sua imagem também impacta na valorização ou na desqualificação do empreendimento imobiliário, além do ambiente condominial.
Segundo o site da MOL, as empresas no Brasil, gastam cerca de 157 bilhões com processos judiciais e, em contrapartida, os índices de acordos nos processos judiciais caíram para 15% em 2022. A pergunta que não quer calar: como falar em ODS e agenda 2030, em ESG (Sustentabilidade ambiental, social e de governança) nos contextos condominiais, corporativos e públicos sem priorizar os métodos consensuais e adequados de resolução de disputas, judicializando, escalando os conflitos e rompendo relacionamentos?
Daí a iniciativa de jogar luz para a necessidade de qualificar as conciliações, chamando todos os atores para a cooperação e responsabilidade na busca de soluções que abreviem a maratona processual, promovam a economia de tempo e despesas, preservem os relacionamentos e valorizem a imagem dos envolvidos.
Síndicos, administradores, prepostos e advogados que sejam intimados para audiências de conciliação devem estar preparados para buscar a melhor solução antecipada à escalada do processo.
E uma boa preparação para a conciliação implica em:
– Conhecer bem as pessoas: o problema, o processo e o contexto da situação que está em discussão;
– Elaborar um Plano de Conciliação;
– Colocar na agenda da Conciliação interesses e necessidades também da outra parte;
– Fazer uma análise estratégica dos RISCOS de tempo, imagem e dinheiro com a disputa;
– Fazer uma análise SWOT ou FOFA de ambos os lados: Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.
– Considerar a possibilidade de apresentar e receber propostas.
– Caso não consigam o acordo, avaliar a oportunidade de solicitar o encaminhamento do processo para uma mediação.
Talvez você se pergunte: mas se não houve acordo na conciliação, porque pediria uma mediação? Porque o mediador vai trabalhar com mais tempo e com uma profundidade maior no tratamento do conflito, utilizando as técnicas específicas da mediação. A mediação acontece em sessões, podendo todos caminharem em direção a um projeto de futuro, com o tempo necessário para refletir e avaliar perdas e ganhos com o litígio. Se fazem parte do litígio, também fazem parte da solução.
No quadro acima pode ser observado que olhar para a conciliação como uma oportunidade trará resultados que impactam positivamente o negócio.
Participe conosco de ações, articulações, parcerias e propósitos para uma sociedade menos litigante e mais corresponsável na resolução de conflitos. Síndicos, administradores, advogados e prepostos que se preparam bem para a conciliação caminham no resgate do maior valor da sociedade contemporânea: a confiança.
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