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O poder da comunicação efetiva em suas relações

Não é novidade para ninguém que somos seres relacionais. Isso já é sabido há muito tempo. Desde a época das cavernas vivíamos em grupos e precisávamos disso para nos fortalecer como comunidade. É por meio da convivência e da troca com outras pessoas que aprendemos, nos conhecemos, evoluímos, trocamos experiências e construímos histórias e relações.
Mas, olhando para o seu dia a dia, já parou para pensar quanta informação passa por você? Desde a hora em que levanta, você é bombardeado por e-mails, notificações de vários aplicativos e redes sociais, murais, outdoors, rádio, tv, internet etc. No entanto, a grande verdade é que “nem tudo que você olha de fato foi visto” e “quase nada do que te falaram você ouviu”. E sabe por quê? Somos seletivos e o nosso cérebro trabalha assim para poupar energia em sua “operação”.
E então, como construir uma comunicação efetiva com todos os stakeholders? Vamos começar pelo começo, entendendo a estrutura básica de elementos que compõem a comunicação?

A figura na página ao lado exemplifica muito bem isso e eu vou explicar em três exemplos a seguir. Ser um comunicador efetivo não é sobre o que, mas sim como você comunica. Vamos dar o exemplo de um professor que leciona no ensino fundamental, médio e superior. A aula que ele dá de manhã ao fundamental, à tarde para o ensino médio e, durante a noite, para a graduação sobre o mesmo tema é diferente, pois os receptores são outros e tem repertórios distintos. Nesse caso, o professor era o emissor, o canal foi a sala de aula (virtual ou presencial), a mensagem foi a aula e o receptor foi o aluno. Num outro exemplo, um vendedor oferecerá seu produto ou serviço de maneiras diferentes, sendo sempre de acordo com o seu público, entendendo o que é relevante para o seu ouvinte ou espectador. Agora, temos o vendedor como emissor, uma loja como canal, uma oferta como mensagem e o cliente como receptor. Uma terceira forma de exemplificar, ainda, é como você conta uma história engraçada para o seu(ua) parceiro(a), melhor amigo ou colega de trabalho. Nessa situação, você foi o emissor, o canal foi o local usado para contar a história (mensagem) ao receptor (parceiro(a), melhor amigo ou colega de trabalho). Imagine-se nesses três contextos e avalie como você se comunicaria em cada uma dessas situações. Seria diferente uma da outra, não é mesmo?
Acredito muito que a comunicação efetiva se baseia no que é valor agregado ao seu receptor. Precisamos entender com quem vamos nos comunicar para aí sim saber como ser efetivo. Devo entender o meu público, pesquisar a respeito, entender perfil, gostos, necessidades, desejos e costumes. É fantástico quando vamos a uma peça de teatro e o artista visitante faz piadas sobre os lugares, costumes e jargões do local onde estamos. Isso aproxima o receptor do emissor e gera empatia, outro fator imprescindível para uma comunicação eficaz e eficiente.
Por fim, se eu pudesse encerrar este tema com algumas dicas valiosas a respeito da construção de uma comunicação efetiva em suas relações, seriam:

a) Entenda o seu público: pesquise sobre ele e entenda o que é valor agregado à sua audiência;

b) Prepare-se com um conteúdo relevante: use recursos disponíveis para melhorar a experiência dessa comunicação;
c) Crie empatia e conexão: o nosso dia a dia já é muito corrido para sermos ouvintes passivos. Queremos mais, nos sentir parte e conectados com o emissor;
d) Saber ouvir é mais saber: desenvolva a sua leitura do público, interprete as reações, ouça as opiniões e busque envolver os seus receptores.

Acredito que com essas dicas e muita prática, você conseguirá construir uma poderosa e efetiva comunicação em suas relações.

Luciano Gulgen
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Luciano Gulgen

Graduado em administração, com pós-graduação em marketing e mestrado em design. Atua na área de Comunicação e Marketing há mais de 15 anos, com sólida experiência na indústria, serviço, varejo, saúde e tecnologia. Gestor de comunicação na SoftExpert, Presidente do Núcleo de Comunicação e Marketing da ACIJ, coautor do livro Atendimento na era 4.0 e professor de MBA em instituições de ensino conceituadas de Joinville e Chapecó.

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