Síndicos do Brasil: Região Sudeste
gestão
condominial para transformar
Desafios em
oportunidades
Nome completo: Karina Nappi
Idade: 40 anos
Síndico(a) profissional ou morador(a): Síndica profissional
Tempo de sindicatura: 12 anos
Onde atua: São Paulo/SP
Quantos condomínios administra: 50
A trajetória de Karina Nappi, síndica profissional de 40 anos, é um exemplo de como dedicação, organização e adaptação são fundamentais para enfrentar os desafios diários da sindicatura. Com uma abordagem proativa e uma equipe comprometida, ela transforma há 12 anos os obstáculos em oportunidades e garante uma gestão eficaz e harmoniosa.
Para Karina, a experiência de ser síndica é marcada por uma rotina desafiadora, onde cada dia traz novos desafios a serem superados. “Assumir a sindicatura é enfrentar um desafio diário e árduo”, afirma. Na visão dela, a rotina de um síndico envolve uma combinação de atividades administrativas, operacionais e de relacionamento com os moradores.
Durante o horário comercial, Karina está sempre disponível para atender os condôminos através de canais oficiais como WhatsApp, e-mails e telefonemas. “Responder a mensagens urgentes deve ser sempre uma prioridade, garantindo que todas as questões importantes sejam tratadas com a devida atenção”, destaca. A participação em reuniões com moradores, fornecedores ou a administradora do condomínio é uma parte crucial de seu trabalho, assim como a presença em eventos do setor, que são fundamentais para adquirir novos conhecimentos aplicáveis à gestão condominial.
Segundo ela, as inspeções diárias nos condomínios são essenciais para garantir que todos os processos estejam em conformidade. Karina utiliza essas inspeções para verificar a necessidade de manutenções urgentes e assegurar que o ambiente esteja sempre em perfeito estado. “A revisão dos orçamentos e da previsão orçamentária é uma tarefa diária importante”, explica, ressaltando que aprovar pagamentos e monitorar a situação financeira são ações necessárias para manter as finanças do condomínio em ordem.
Para Karina, o sucesso na gestão condominial depende de uma equipe dedicada e empenhada. “Sem uma equipe comprometida, seria impossível realizar todas as tarefas com eficiência e qualidade”. A atualização constante sobre as normas do condomínio e a legislação pertinente também é crucial. Esse conhecimento facilita a rotina condominial e permite que Karina responda de maneira eficaz aos questionamentos dos condôminos e fornecedores.
Além disso, Karina enfatiza a importância de ter um plano de ação para situações emergenciais. “Manter a calma e a organização durante crises ajuda a encontrar soluções eficazes e rápidas, minimizando os impactos negativos para os moradores”. Para ela, manter uma rotina organizada, ser proativa na resolução de problemas e flexível na gestão de imprevistos são habilidades essenciais para o sucesso na administração de um condomínio.
a arte de ser síndico no
no cenário carioca
Nome completo: Antonio Carlos de Luca
Idade: 49 anos
Síndico(a) profissional ou morador(a): Síndica profissional
Tempo de sindicatura: 10 anos
Onde atua: Rio de Janeiro/RJ
Quantos condomínios administra: 18
Antonio Carlos De Luca, 49 anos, é síndico profissional há 10 anos no mercado condominial carioca. Para ele, que atualmente administra 18 condomínios, a rotina do síndico exige atenção e organização constantes. “Normalmente, eu crio rotas, caminhos, para atender meus condomínios que estão centralizados em determinadas regiões, sempre deixando uma folga para eventuais atendimentos de emergência”, explica. Ele ressalta que, independentemente de estar ou não no condomínio, o síndico é o representante e responsável pelo local 24 horas por dia.
Antonio acredita que a comunicação clara com os moradores é essencial. “É sempre muito bom deixar claro aos seus condomínios a proposta de atendimento presencial, principalmente no caso de quantas visitas você está se programando para fazer naquela semana”, afirma. Ele finaliza sua agenda da semana seguinte na anterior, permitindo que se prepare para eventos, reuniões ou assembleias. “Lembrando que, independente de tudo isso, é muito importante cuidar da sua saúde e da sua família. Nenhum CNPJ vale um AVC”, alerta.
Antonio é ativo na cena condominial, participando de muitos eventos, tanto no Rio de Janeiro quanto em todo o Brasil. Ele frequentemente é convidado para palestras, mentorias e cursos para síndicos, uma oportunidade que ele considera fundamental. “Nesses eventos existe algo único que se chama networking. No mundo condominial, quem não faz networking, quem não constrói relacionamentos, não consegue sobreviver.” Para Antonio, trocar informações, ficar atualizado sobre novidades e compartilhar conhecimentos é uma maneira de agradecer a Deus pelo trabalho e sucesso, além de plantar boas sementes no mercado condominial.
Com uma década de experiência no setor, Antonio caracteriza a atuação de síndico no Rio de Janeiro como um desafio que o motiva. “Trabalhar aqui é para heróis. Se já é difícil em outros lugares, aqui as pessoas fazem questão de complicar tudo ainda mais. Isso torna nosso trabalho mais desgastante, porém mais desafiador”. Para ele,a constante evolução que essa complexidade proporciona faz a função valer a pena.
Experiência enetworking na
gestão condominial em Belo Horizonte
Nome completo: Anik Terra
Idade: 48 anos
Síndico(a) profissional ou morador(a): Síndica profissional
Tempo de sindicatura: 7 anos
Onde atua: Belo Horizonte/MG
Quantos condomínios administra: 7
Anik Terra, de 48 anos, é uma síndica profissional em Belo Horizonte que tem a rotina marcada pela organização e pela aplicação de processos eficientes. “O dia começa, geralmente, com a revisão das atividades planejadas na agenda”, explica. Ela, que atua há sete anos e já tem mais de 20 anos de experiência no mercado condominial, inicia suas atividades diárias verificando e-mails, mensagens e notificações, priorizando questões urgentes.
Segundo Anik, a primeira parte do dia é dedicada a reuniões rápidas com prestadores de manutenção, definindo prioridades e distribuindo tarefas para garantir o funcionamento dos condomínios. “Esta etapa é fundamental para manter a operação dos condomínios fluindo sem interrupções”, ressalta. À tarde, ela visita os condomínios, onde realiza inspeções para verificar a qualidade dos serviços prestados, a necessidade de reparos e o cumprimento das normas de segurança. “Essas inspeções ajudam a identificar problemas antes que se tornem maiores”, garante.
A gestão financeira é outra parte crucial de sua rotina. Anik revisa o fluxo de caixa, verifica pagamentos e recebimentos e atualiza o controle orçamentário. “A preparação de relatórios financeiros para apresentação ao conselho fiscal e aos moradores é uma atividade contínua que exige atenção aos detalhes”, diz. Ao final do dia, ela atualiza sua agenda e planejamento para o dia seguinte, assegurando que todas as atividades estejam registradas.
Além de síndica, Anik assessora outros síndicos e conselheiros e presta serviços como secretária em assembleias. Sua vivência na área condominial é ampla e rica e ela considera a participação em eventos como um divisor de águas em sua carreira. “Quando digo que há um ‘antes e depois’, é no sentido do quanto a minha carreira decolou quando comecei a fazer networking, parcerias e contatos”, declara. Ela enfatiza a importância de compartilhar experiências e aprender com outros profissionais. “Se pudesse dar um conselho a um síndico iniciante, é que ele comece pelos eventos”, encerra.
compromisso com a sindicatura
em Vitória/ES
Nome completo: Maria Idalina do Nascimento
Idade: 70 anos
Síndico(a) profissional ou morador(a): Síndica moradora
Tempo de sindicatura: 11 anos
Onde atua: Vitória/ES
Quantos condomínios administra: 1
Maria Idalina do Nascimento, de 70 anos, é uma síndica moradora atuante em Vitória, Espírito Santo, onde exerce a função há 11 anos. Com um compromisso em tornar a vida condominial mais organizada e respeitosa, ela acredita que a atividade de síndico está em evolução e que é cada vez mais reconhecida no Brasil. Em suas palavras, “tem melhorado bastante, longe das situações primárias de outrora”. Ela observa que o surgimento de instituições dedicadas à formação na área e as facilidades online têm contribuído para o aprimoramento dos síndicos, permitindo que o “amadorismo fique para trás de forma muito rápida, visto as exigências do mercado condominial”, declara.
Maria Idalina defende a necessidade de uma identidade própria para a sindicatura, distinta de outras profissões, propondo a criação de um Conselho Federal e Conselhos Regionais legalizados. “Infelizmente, tem ocorrido muitas fraudes, levando prejuízos enormes aos condôminos. O desconhecimento sobre gestão e administração de condomínios também tem contribuído com a desvalorização de muitos imóveis”, alerta. A síndica enfatiza que a manutenção inadequada pode resultar em incidentes graves, tornando a formação de síndicos uma questão de segurança e valorização patrimonial.
Desde o início de sua trajetória, a síndica moradora buscou se qualificar continuamente. “Ainda como subsíndica, busquei cursos na área. Presencialmente, fiz diversos cursos de gestão e administração de condomínios”, recorda. Entre suas experiências, destaca a participação em um curso de Síndica Profissional em 2018, ministrado pela renomada professora Rosely Schwart, e a continuidade na busca por conhecimento por meio de palestras, podcasts e redes sociais. Com formação em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), ela vê um crescente interesse de profissionais de diversas áreas pela gestão condominial.
Maria Idalina é enfática ao afirmar que, embora existam profissionais dedicados e capacitados, ainda falta regulamentação nessa área, que “mais cresce e carece de profissionalização”, define.
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